quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uso de Tecnologias na Educação

* pesquisa feita por mim sobre o uso de tecnologias na educação

Uso de Tecnologias na Educação

Com o avanço das tecnologias a escola e a educação pedem por mudanças que atendam as novas exigências sociais.
Moran (2008) define tecnologia como
“Tecnologias são todos os instrumentos que nos ajudam a realizar o que precisamos. Tecnologias na educação, num sentido amplo, abrangem tudo o que nos ajuda a aprender e a ensinar: a voz, os gestos, a linguagem, a louça, os livros, os jornais, a TV, o computador, a Internet. No século XVI o livro era uma nova tecnologia.”
Segundo ele as tecnologias permitem que o foco da escola não seja transmitir informações, mas orientar processos de aprendizagem. Pois as tecnologias facilitariam aprender em qualquer lugar e a qualquer hora, flexibilizando os processos de ensinar e de aprender. Isto abriria as escolas para o mundo e traria o mundo para as escolas, em tempo real, transformando-a em um conjunto de espaços ricos de aprendizagens significativas, presenciais e digitais, que motivariam os alunos a prender ativamente, a pesquisar o tempo todo, a serem pró-ativos, a saberem tomar iniciativas.
Mercado (2002) defende a idéia que a incorporação de novas tecnologias como conteúdos básicos comuns é um elemento que pode contribuir para uma maior vinculação entre os contextos de ensino e as culturas que se desenvolvem fora do âmbito escolar. E que é função da escola, hoje, preparar os alunos para pensar, resolver problemas e responder rapidamente as mudanças contínuas. Moran (2008) diz ainda que escola precisa discutir criticamente as mídias, principalmente a televisão e utilizar as mídias digitais para produzir novos conhecimentos, que expressem o ponto de vista dos alunos. Mercado (2002) coloca que  para isso o professor precisa saber orientar os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la e como utilizá-la, sendo necessária a formação contínua desse profissional.
Atentando porem para a realidade Alves (2005) coloca que 
“ Existe um grande contingente de professores com baixa qualificação profissional e que, dificilmente, terá acesso ao nível superior (não consegue entrar numa universidade pública, não está em situação econômica favorável ao custeio de cursos particulares e, algumas vezes, não encontra condições para conciliar o trabalho, os afazeres domésticos, a família e os estudos), comprometendo a qualidade do ensino.”
Diante desta realidade Silva (2010) diz que é perceptível, em muitas escolas da rede publica, certas resistências por parte de alguns professores(as), por receio ou medo de serem substituídos ou mesmos por não saberem manusear o computador e que isso reflete em alunos com grandes dificuldades em  utilizar-lo também.
Adans (2010) coloca que um dos desafios centrais da educação frente às novas tecnologias é a de integrá-las na prática educativa como mediações pedagógicas instituintes de novas relações aprendentes, solidárias, que contribuam no processo de construção de compreensões transformadoras que aos poucos se hegemonizem nos diversos ambientes da sociedade.
Moran (2008) sugere que as escolas deveriam estar organizadas desde o começo, como hoje fazemos no mestrado ou doutorado, designando um orientador para cada aluno que começa, e ajudando-o desde o começo a ser pró-ativo, a pesquisar, a escolher os melhores percursos para a situação de cada um.
Concluo que há uma lacuna entre o aluno que se deseja formar e a realidade sob o qual se trabalha, sendo o uso das novas tecnologias na educação inevitável para reduzir essas diferenças e tornar a escola um local de aprendizagens mais significativas. Enfrentando as dificuldades, podemos, aos poucos, transformar a realidade, construindo escolas mais adequadas as novas necessidades sociais.


Referências
  
ADAMS, Telmo;STRECK, Danilo R. Educação Popular e novas tecnologias. Educação, Porto Alegre, v. 33, n. 2, p. 119-127, maio/ago. 2010. Disponível em http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/7346/5302. Acesso em 22 de Agosto de 2011.

ALVES, Raquel Elane dos Reis. EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS. Ensino em Re-Vista, 13(1) : 131-140, jul.04/jul.05. Dsponível em http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/viewFile/7929/5035. Acesso em 22 de Agosto de 2011.

MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇAO: REFLEXOES SOBRE A PRATICA. Maceió, EDUFAL, 2002. Disponível em http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=bi7OpaxCJT8C&oi=fnd&pg=PA7&dq=Tecnologias+na+Educa%C3%A7%C3%A3o&ots=uzkW8ee8d9&sig=_OW4-KQKkyOuohmRSisxbp2mfiA#v=onepage&q&f=false. Acesso em 22 de Agosto de 2011.

MORAN, José Manuel. MUDANÇAS NA ESCOLA COM AS TECNOLOGIAS. Universidade de São Paulo–USP. Revista SER: Saber, Educação e Reflexão, Agudos/SP. ISSN 1983-2591 - v.1, n.2, Jul. - Dez./ 2008. Disponível em http://www.revistafaag.br-web.com/revistas/index.php/ser/article/viewFile/69/pdf_44. Acesso em 22 de Agosto de 2011.

SILVA, V. M. F; SILVA, J. W. P. da . EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR. FAZU em Revista, Uberaba, n.7, p. 222 - 226, 2010. Disponível em http://www.fazu.br/ojs/index.php/fazuemrevista/article/view/215/201. Acesso em 22 de Agosto de 2011.

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